Nos últimos anos, tornou-se frequente o lançamento de jogos remaster e remake. E isso têm sido positivo, tanto para o público quanto para as empresas.
Do lado dos gamers, fãs curtem o replay em uma versão melhorada ou modernizada do jogo, além de sentirem nostalgia. Já do ponto de vista de negócio, marcas acabam tendo retorno financeiro por conta desse público.
Porém, quando um remaster, remake ou reboot é lançado, você entende o que isso significa? Leia o artigo e saiba quando os jogos são categorizados em uma dessas formas.
Diferenças entre remaster, remake e reboot
Essas três palavras causam bastante confusão nas pessoas, inclusive até com quem trabalha no meio. Porém, é importante entender que elas não são sinônimos. Vamos explicar cada uma delas e também exemplificar com jogos. Confira!
Remaster
Um jogo remasterizado é um jogo refinado em relação ao original. Isso quer dizer que a estrutura do jogo é mantida, mas alguns pontos são melhorados, como gráficos e sons principalmente. Dessa forma, é comum vermos jogos de gerações passadas sendo remasterizados para a atual.
Vamos a um exemplo. Lançado para Playstation 4, Uncharted: The Nathan Drake Collection reúne os três títulos de PS3 da franquia. Os jogos têm jogabilidades, gráficos e áudios aprimorados, sem alterar em nada as histórias de cada game.
Há, sim, games com ajustes e/ou inclusão de itens. Mas são detalhes que não mudam a estrutura, então continuam sendo considerados remasters.
Jogos considerados remasters:
- Uncharted: The Nathan Drake Collection
- The Last of Us Part 1
- The Last of Us Remastered
- Halo The Master Chief Collection
- The Legend of Zelda: The Wind Waker HD
- Assassin’s Creed: The Ezio Collection
Remake
Em tradução livre, remake é “refazer”. E os jogos remake são exatamente isso, são refeitos. Portanto, diferente dos remasters, o alicerce do game original não continua. Algumas questões podem vir a ser mantidas, como mecânica de gameplay, mas a maior parte é criada do zero novamente.
Mas para ser considerado um remake e não um outro jogo, precisa manter a essência da referência. Ou seja, continuar com principais personagens, enredo, cenários, etc.
Exemplo de jogo refeito é o Resident Evil 2. O original saiu em 1998 para Playstation, enquanto o remake em 2019 para PS4, Xbox One e pc. A Capcom manteve Leon e Claire como protagonistas separados, zumbis como inimigos, Racoon City como cenário e o mesmo enredo.
Já de mudança, modernizou gráfico, áudio, skins e jogabilidade – agora em terceira pessoa – e alterou alguns pontos da história para também não ser idêntica à matriz, entre outros detalhes.
Jogos considerados remakes:
- Resident Evil 2, 3 e 4
- Final Fantasy VII Remake
- The Legend of Zelda: Link’s Awakening
Reboot
Reboot é tipo um remake, mas com mais alterações ainda. Vamos explicar: reboot não se prende a um jogo, mecânicas e histórias. Mas ele está conectado a franquia pelo conceito principal dela.
Exemplo: Resident Evil 7. O game continua com a pegada ação e horror, mas trouxe uma mecânica completamente diferente das edições anteriores (1ª pessoa), nova história, novo protagonista. Ou seja, reboot é quando a franquia muda o caminho pelo qual estava indo.
Jogos considerados reboots:
- Resident Evil 7
- Doom
Jogos que geram confusão
Lembra que dissemos que algumas pessoas do meio dos games acaba se confundindo? Às vezes, até o que vemos nos deixa em dúvida mesmo.
Por exemplo, Crash Bandicoot N. Sane Trilogy nos dá impressão de que é remake, pela quantidade de melhorias neles. Porém a desenvolvedora Vicarious Visions diz que é um “remaster plus”.
Já Call of Duty: Modern Warfare Remastered, apesar do nome, muitos entendem como um remake. E o God of War de 2018, seria um reboot? Alguns dizem que sim.
Mas agora que você entende a diferença de cada termo, pode tirar suas conclusões e categorizar os jogos de modo mais assertivo.
Para conhecer dados sobre hábitos e atividades dos gamers brasileiros, leia o relatório da Pesquisa Game Brasil 2022.