Hack and slash pode parecer um subgênero oriundo desse século, por vermos como ele se moldou para ter um estilo próprio e teve uma ascensão justamente nessa época. Mas é mais antigo.
Esse tipo de forma de jogar nasceu em RPG de mesa, acredita? Nos jogos eletrônicos, falam que dois games dos anos 1980 foram os pioneiros: Gauntlet e Golden Axe. Diablo, que surgiu no final dos 1990, também é considerado hack and slash por alguns.
Agora que sabemos o início da história do hack and slash, vamos entender o que de fato é este tipo de jogo e 5 franquias do subgênero? Vem com a gente!
O que são jogos hack and slash?
Em tradução livre para o português, o nome do subgênero significa massacrar e cortar, ou seja, o que predomina nesses games é o combate corpo a corpo. Por isso, o estilo é mais comum em gêneros como ação e aventura e RPG.
Características do hack and slash
Como os jogos hack and slash focam em combates, as características do subgênero estão relacionadas a essa dinâmica.
Inúmeros inimigos no cenário
Essa talvez seja a principal particularidade. Ao enfrentar inimigos comuns, você não estará diante de um ou dois inimigos. Vai se deparar com incontáveis, até dezenas de rivais diferentes e por todos os lados querendo a sua cabeça.
Armas de curta distância como principais
Para enfrentar as hordas de adversários, os personagens sempre contam com armas de curta distância, como espadas e machados. Armas de fogo e magias também estão presentes, mas funcionam mais como complemento e variação do que como recurso primário.
Combos
Para não deixar a porradaria monótona, os jogos apostam em um amplo leque de combos, podendo variar entre golpes fracos, fortes, agarrões, defesas, saltos, armas secundárias e magias. Inclusive, os games colocam um contador de hits na tela para incentivar o player a “massacrar e cortar” os inimigos sem tempo para respirar, estimulando a sempre querer fazer combos elevados nas batalhas.
Diferença entre beat’em up e hack and slash
Subgênero clássico dos fliperamas, beat’em up é um estilo de jogo semelhante ao hack and slash porque também traz incontáveis inimigos e pancadaria desenfreada. Porém, a principal diferença aqui é que ela é feita com as mãos ou com armas do cenário – que são destruídas depois de um tempo de uso.
Por conta disso, é comum a ambientação de um beat’em up ser algum centro urbano, trazendo o enredo de briga de rua. Double Dragon e Final Fight são grandes exemplos e franquias do estilo.
5 franquias de hack and slash
Aqui, priorizamos games que oferecem uma ampla variedade de golpes e combos, já que são características do subgênero. Portanto, franquias como Diablo e Gauntlet ficaram de fora. Mas nome de peso é o que não falta no hack and slash. Confira!
God of War
O primeiro nome da lista é uma das principais franquias de hack and slash, da PlayStation e da história dos video-games. A saga narra a história de Kratos, guerreiro espartano que matou mulher e filha por culpa do Deus grego Ares. Nos principais títulos da série, acompanhamos o protagonista se vingando de todo o Olimpo e indo parar até nas terras nórdicas.
O sucesso da franquia passa muito pela história interessante, personagens carismáticos e gameplay divertida. Como particularidades, GOW aposta em puzzles, quick time events – principalmente nos momentos de aniquilar inimigos grandes e chefões – e muito, mas muito sangue e cenas fortes.
Com início em 2005, toda a série principal é desenvolvida pela Santa Monica Studios e publicada pela Sony. O quarto título dessa saga vendeu 19,5 milhões de cópias até agosto de 2021, de acordo com mensagem no blog oficial da PlayStation.
Devil May Cry
Como vimos no início do texto, os pioneiros do hack and slash foram outros jogos, porém é Devil May Cry que apontou um grande holofote para o estilo e fez a comunidade olhar com carinho ao subgênero.
Estreado em 2001, o enredo gira em torno de Dante, protagonista que elimina monstros e demônios como forma de vingança pela morte da mãe. E para isso, ele utiliza espada, pistolas e muito estilo nos frenéticos combos e um humor pra lá de ácido.
Produzido e distribuído pela Capcom, DMC é outro sucesso mundial; não à toa o último game bateu 6 milhões de vendas em outubro de 2022, segundo a própria publicadora.
Bayonetta
Ideias excêntricas às vezes acabam grudando na reputação do game, seja ela boa ou ruim. Em Bayonetta, isso acontece positivamente. O enredo por si só já é original e vai contra o senso comum: a protagonista Bayonetta é uma bruxa que enfrenta anjos para buscar a paz e o equilíbrio na Terra.
Como armas, a personagem tem pistolas, cabelo e par de sapatos! Também com uma jogabilidade acelerada e movimentos estilosos, Bayonetta é desenvolvido pela PlatinumGames e atualmente é publicado pela Nintendo – o primeiro game foi distribuído pela Sega, em 2009.
Darksiders
Darksiders também é outra franquia em que o enredo foge um pouco do script: em cada um dos quatro games, você contra um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse, Guerra, Morte, Fúria e Conflito, respectivamente.
Mas como a história chegou nesse ponto de tê-los como protagonistas? Semelhante a Bayonetta, Céu e Inferno estão em batalha e os Cavaleiros precisam manter a Terra em equilíbrio.
Da Vigil Games e publicado pela THQ, o jogo oferece armas, poderes e exploração não-linear aos jogadores.
Dante’s Inferno
Para fechar, um game com inspiração no livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Em Dante’s Inferno, o protagonista Dante vai atrás de sua amada Beatrice, que está no inferno. Mas para alcançá-la, precisa passar pelos 9 estágios do submundo – e é principalmente aqui que o jogo faz referência à obra literária.
Desenvolvido pela Visceral Games e publicado pela Eletronic Arts, Dante’s Inferno pode não ter a fama que outras franquias têm, mas certamente está no coração de muitos – e que até hoje sonham com uma continuação.
Para conhecer dados sobre hábitos e atividades dos gamers brasileiros, leia o relatório da Pesquisa Game Brasil 2022.