Ao se tratar de avanços tecnológicos, o marketing digital não para. Toda novidade vira motivo de pauta, principalmente quando dá para transformá-la em ferramenta para estratégias de sucesso – como é o caso da Realidade Aumentada.
Sim, meus amigos leitores do blog do GG: a evolução da tecnologia deu um salto ornamental desde que abandonamos a internet discada, e olha que nem faz tanto tempo assim.
Com aparatos modernos dentro de casa e acesso cada vez mais facilitado, encarar o meio digital como parte do nosso cerne não seria exagero algum.
A realidade aumentada, assim como a realidade virtual, os sensores de movimento e outras tecnologias similares têm proporcionado experiências bastante imersivas. Isto é, o tipo de coisa que o marketing dá bastante valor.
Mas antes de chegarmos na parte que nos toca, que tal compreender essa tecnologia desde o início?
O que é realidade aumentada e como funciona?
Imagine que você é um gamer. Se você já for, vai sentir esse exemplo na pele. Não seria incrível levar elementos do seu jogo favorito para a sua sala de estar? Ou colocar um personagem incrível junto à sua mesa de jantar?
Bom, é exatamente isso (pelo menos a princípio) que a realidade aumentada sugere. O AR (do inglês augmented reality, realidade aumentada) quebra a barreira entre o real e o virtual ao introduzir elementos originalmente digitais a cenários do nosso cotidiano.
Para utilizá-la, ou seja, para ver os “hologramas” no meio da rua, é preciso ter um meio.
Este meio pode ser a tela do seu celular, como é o que acontece com jogos como Pokemon Go e filtros do Instagram; um óculos próprio para visualização, como o novo Apple Vision Pro; ou demais visores e telas, desde que tenham software “AR friendly”.
O importante é compreender que a imagem virtual só invadirá o mundo real através de um dispositivo transmissor.
Então vamos lá: a câmera do dispositivo capta o cenário normal do nosso cotidiano, mapeia ele para poder compreendê-lo e então adiciona outros conteúdos gerados digitalmente.
Esse foi um jeito bem simples de dizer que a realidade aumentada funciona justamente através dessa sobreposição, o que também ajuda a compreender a principal diferença entre ela e a famigerada realidade virtual.
Qual a diferença entre realidade aumentada e realidade virtual?
Se o AR leva seu personagem favorito até a sua mesa de jantar, a realidade virtual te coloca no universo de onde esse personagem veio.
Os óculos AR e VR são bem parecidos. A maioria, inclusive, oferece ambas as “modalidades”. Quando você usa um headset de realidade virtual, você busca uma imersão que te coloque em diferentes lugares sem precisar sair do seu sofá.
O VR muda tudo ao seu redor. Não é apenas a adição de um cenário sobreposto ao que você habita – é uma transmissão digital em detalhes, onde há a possibilidade de você interagir com este novo mundo através de gestos, comandos de voz ou toques em controles especiais.
Bom, a diferença já está mais do que clara, certo? Mas se você se interessou pelo assunto e quer saber mais sobre a tecnologia VR e seu histórico, temos um artigo especial que fala de tudo e mais um pouco.
Por aqui, continuaremos a destrinchar o lore inicial:
Quais são os tipos de realidade aumentada?
Nenhuma tecnologia começa e termina em sua premissa. É a partir dela que desenvolvedores encontram outras formas de usá-la, assim como outras experiências que ela pode prover.
Os tipos de AR são baseados no jeito que a tecnologia é iniciada e como a experiência é mapeada.
Pensando nisso, os principais que nos acompanham em nosso dia a dia são:
⦁ Baseados em marcadores: realidade aumentada criada para leitura de códigos QR, logotipos ou embalagens.
⦁ AR com GPS ou geoposicionado: realidade aumentada baseada em localização
⦁ Rastreamento espacial: realidade aumentada em espaços e ambientes
⦁ Rastreamento facial ou corporal: realidade aumentada com filtros faciais ou corporais
⦁ Rastreamento de imagens: realidade aumentada para imagens no geral
Os filtros do instagram, por exemplo, são baseados em rastreamento facial. Já o jogo Pokemon Go utiliza AR com GPS, assim como rastreamento espacial.
São muitos os usos e utilidades em nosso cotidiano. Isso sem falar no potencial, que a torna uma grande aliada para o tópico a seguir:
Benefícios da realidade aumentada em campanhas de marketing
Vamos sair um pouco do território geek e adentrar o mercado de consumo casual.
Conseguir visualizar uma cor diferente na sua parede em meio à reforma, testar diferentes tipos de sofá na sala de estar, ou até mesmo experimentar roupas sem ter que ir até a loja quebraria um galho danado.
Para diferentes tipos de marcas, essa pode ser a maneira perfeita de introduzir seus clientes a um novo produto sem necessariamente obrigá-los a comprar logo de cara.
Mas não é só a experiência de compra que pode ser melhorada com a realidade aumentada.
Experiência do usuário
A oportunidade de provar um produto à distância antes de obtê-lo é um fator que facilita na obtenção de satisfação do cliente.
Enquanto consumidores, nem sempre conseguimos sucesso ao comprar uma roupa pela internet apesar de conferir nossas medidas exatas. Nem sempre o caimento é aquele que imaginávamos, ou então aquela cadeira que queríamos pode não ficar tão bem junto ao restante da cozinha.
Na busca de diminuir riscos de devolução ou troca, utilizar a realidade aumentada acaba sendo uma mão na roda.
Fidelização e engajamento de novos clientes
Segundo pesquisa realizada pela Threekit, 61% dos consumidores preferem varejistas que oferecem experiências de AR.
Isso devido a todos os motivos que demos no tópico acima, onde a experiência de busca e compra torna-se mais garantida com a possibilidade de visualizar os produtos dentro da nossa realidade.
O que deu certo uma vez, dá certo sempre: bom, nem sempre, mas é assim que a cabeça do consumidor funciona a primeiro momento. Se nunca tive problemas em uma loja de roupas, voltarei mais vezes com a expectativa de continuar sendo bem servida.
Nesse ponto, a realidade aumentada não só fideliza como engaja. Todos compartilhamos e interagimos com conteúdos “diferentões” de que gostamos, coisa que essa tecnologia proporciona de sobra.
Exposição da marca
Criar uma experiência de realidade aumentada inovadora, surpreendente ou divertida pode causar um buzz que vai fazer o público engajar a marca responsável. Se executado da maneira correta, é claro.
AR é uma tecnologia cuja popularidade é relativamente nova para a maioria das pessoas, principalmente ao se tratar do alcance limitado que ela tinha até um tempo atrás.
Em outras palavras, com a melhora dos dispositivos atuais, uma experiência de AR bem projetada vai mexer com a criatividade das pessoas e gerar contatos relevantes.
O público consumidor sempre vai preferir marcas que o mantenha feliz e satisfeito. Esse tipo de exposição e sua receptividade podem render excelentes frutos, sejam eles de venda imediata ou fidelização.
Obtenção de dados e insights
Alguns benefícios vão muito além do engajamento do cliente final.
Uma realidade aumentada bem idealizada pode fornecer dados e insights valiosos sobre o comportamento do consumidor. Isso porque o envolvimento do usuário pode sim ser rastreado em experiências de AR, onde pode-se obter então uma compreensão mais profunda do público-alvo de uma empresa.
O que é feito com esses dados varia de campanha para campanha, mas um excelente uso é planejar a melhora de projetos atuais ou desenvolver o que deu certo para atividades futuras.
Além disso, dados obtidos por AR também podem ser usados para fornecer recomendações direcionadas aos clientes com base em suas mais recentes atividades.
Exemplos de ações de sucesso com realidade aumentada
Só nesse artigo já citamos pelo menos 3 usos que deram super certo, sejam eles referentes a jogos, consumo cotidiano ou produtos novos.
Quando o assunto é campanha de marketing, no entanto, a realidade aumentada consegue ser ainda mais explorada de diversas formas.
Grandes nomes como a Netflix e até marcas menores já utilizaram AR para a criação de filtros temáticos de séries e produtos do entretenimento. É incrível o alcance que se tem quando se consegue fazer usuários de redes sociais usarem seu nome em trends específicas.
Muito mais do que a busca por popularidade, há também a procura da satisfação de venda: a Suvinil, fabricante de tintas imobiliárias, usa a tecnologia em um aplicativo próprio que simula cores do catálogo nas paredes do usuário.
Em 2014, a Pepsi colocou a realidade aumentada em um ponto de ônibus. O projeto visual foi realizado em uma dessas telas digitais que vemos hoje em dia, que simulava a aparição de robôs gigantes, alienígenas e até explosões na rua.
Não à toa virou um dos vídeos de comerciais mais assistidos do YouTube.
O que a Pesquisa Game Brasil diz sobre o assunto?
Sobre realidade aumentada, aprendemos tudo o que tínhamos que aprender no assunto. Já VR, tecnologia cada vez mais explorada no meio gamer, estamos apenas começando a digerir uma realidade cada vez mais… virtual.
Segundo a PGB, a grande maioria dos jogadores brasileiros (76%) já está à parte do que a tecnologia VR significa.
Em contrapartida, outra maioria não possui os equipamentos necessários, o que significa que o AR ainda consegue ser melhor disseminado, vide o hype do Pokémon Go.
Isso não quer dizer que a tecnologia que mescla virtual com real não está atraindo o grande público! Enquanto muitos já experimentaram jogos em VR, outros ainda têm o desejo de transformar a sala de estar em um mundo fantástico um dia.
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