Atualmente a Pesquisa Game Brasil está na sua 11ª edição, e desde o início a pesquisa tem como foco analisar o comportamento de cada período, e quando você chega em um certo ponto é possível identificar tendências, movimentos e possibilidades que estão acontecendo e que podem se sustentar de maneira consistente.
Foi assim, quando identificamos em 2016 o crescimento do consumo nos celulares / smartphones e que hoje é uma das principais plataformas de jogos digitais, por mais que seja necessário reforçar esse ponto inúmeras vezes, além do público feminino que ao longo dos anos se mostrou muito presente no consumo e conseguimos ver esse crescimento em todas as plataformas e não mais apenas no celular.
Com isso, vou destacar alguns dos pontos que surgiram nessa nova edição, segue a quest =)
O jogador é multiplataforma, mas ele sempre terá a sua preferida
Os jogadores de jogos digitais no Brasil, já possuem um comportamento multiplataforma, ou seja, uma boa parte joga em mais de uma plataforma. E isso vai de encontro com alguns dos produtos que o mercado oferece, onde você consegue sincronizar suas contas e joga no PC ou Console, ou carrega sua conta em todos os aparelhos.
Mas ele sempre terá a sua plataforma preferida, seja pela experiência afetiva, pelo jogo que mais agrada ou pela experiência de jogar com os amigos, aliás isso influencia muito a decisão de estar em uma plataforma.
Nesse ponto aqui no Brasil, o celular segue firme e forte com uma proposta de mais jogos, acessibilidade e por que é importante reforçar isso? Porque isso nos apresenta um outro tipo de público, um perfil mais casual em sua maioria e que busca tipos de jogos que não os mais famosos, mas aqueles com uma boa proposta de gameplay e até mesmo mais simples do ponto de vista de produção.
É só olharmos os jogos mais conhecidos no celular como 8 Ball Poll (44,6%) e Candy Crush Saga (53,7%), que continuam no TOP 10 jogos mais jogados, isso fica claro que esse público é muito relevante.
Experiência online e o novo lugar do Happy Hour
Os jogos em sua grande maioria oferecem uma experiência online, seja para jogar junto ou para compartilhar suas conquistas, ver os amigos que estão na sua frente em algum ranking e entre outros.
Mas de fato a experiência online se consolidou, onde 45% jogam todos os dias e durante o isolamento social afirmou jogar mais (51,2%).
Podemos considerar que aquele encontro de amigos, happy hour e a socialização está presente através dos jogos e isso é algo interessante pois quando pensamos na experiência de jogar, ela se torna complementar com os bate papos e conversas que não necessariamente são do jogo.
Inclusive a experiência online teve crescimentos expressivos em 2020 com a pandemia, onde todas as plataformas tiveram um aumento de mais de 80% em cada.
Conteúdo, informações e mais conteúdos
Consumir conteúdos complementares já faz parte há algum tempo de quem joga jogos digitais, mas isso só tem aumentado, pois a partir do momento que você dedica mais horas jogando é possível que você queira saber mais, pegar uma dica em como passar por uma fase ou até mesmo começar a buscar opinião de outros jogadores e criadores de conteúdo.
O consumo de eSports por exemplo em canais especializados já é de 60% e durante o isolamento social 60,9% assumiram consumir mais conteúdo.
Hoje já é muito comum as pessoas verem alguém jogando antes de fazer a compra de um jogo, seja para ter a certeza que irá comprar um bom produto ou pq prefere assistir os seus streamers, youtubers e também nos canais das publishers e desenvolvedoras.
E o que é mais interessante é que esse conteúdo pode estar nas diversas plataformas digitais, e recomendo essa análise de novas possibilidades como por exemplo o Tik Tok que teve um destaque expressivo esse ano na pesquisa.
Jogar, se informar e investir na sua experiência.
Falamos de jogar e consumir conteúdo, mas tudo isso dentro de um funil estratégico leva o consumir à gastar mais também. Seja por ter se interessado com um título, pelo conteúdo que ele viu e que gerou a consideração.
É o que é investir na experiência? Pode ser um acessório, um jogo ou até mesmo conteúdos e itens complementares dentro de um jogo. Comparando com edições anteriores, o jogador brasileiro em sua maioria não gasta de outras maneiras, como compra de moedas, itens e expansões, mas isso tem mudado.
Comparado com a PGB anterior nos tivemos aumentos bem expressivos, onde tínhamos uma média de 10% à 15% que investiam em moedas virtuais e esse ano o volume pulou para mais de 30%, praticamente o dobro, o que nos indica que os modelos de monetização in-game, ou dentro do jogo, estão dando certo.
Isso tem relação principalmente com os jogos gratuitos, que oferecem a experiencia de jogar e quando a pessoa se engaja é quase que certo a compra e gastos de alguma maneira.
O brasileiro se considera cada vez mais gamer
Se tínhamos em anos anteriores o jogador de jogos digitais em uma maioria não assumindo que eram gamers, por mais que se identificasse ou jogassem muito.
Acreditamos que hoje com o envolvimento maior com jogos digitais, mais tempo disponível com as mudanças de comportamento, por conta da pandemia e isolamento social, permitiu que os jogadores compreendessem melhor esse envolvimento.
Isso é um ótimo sinal, onde temos um público possivelmente mais engajado e com maior predisposição em consumir jogos, conteúdos e
Inclusive jogar muito não é o único ponto que analisamos se um jogador é hardcore ou casual, mas para falar sobre isso eu vou deixar para o próximo papo =)
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