Tecnologias Emergentes em Games: Qual o futuro do mercado de jogos?

05/02/2024
POR
Thayná Soares
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O que você vai ver neste artigo:

Espaço, a fronteira final… ou melhor, a fronteira inicial, já que a tecnologia atual não pode ver uma barreira que já quer sair quebrando.

Os avanços da robótica, da internet e dos eletrônicos em geral podem ser vistos em toda e qualquer indústria, mas parece que a coisa fica ainda mais palpável se tratando do universo gamer.

Hardwares tecnológicos, gráficos surreais, experiências cada vez mais imersivas e personalizadas… é, se o salto dos anos 90 para cá já foi quilométrico, há de se imaginar que o futuro guarde evoluções ainda mais significativas.

O tipo de coisa que só a ficção científica pôde prever um dia.

Tecnologias relacionadas à imersão, desenvolvimento e apetrechos de primeira linha são a última moda na indústria de jogos, mudando a maneira como costumávamos jogar no decorrer dos anos.

Arcade vira console, que se expande pro PC, que se expande pro mobile. E então, todas essas modalidades ganham novos apetrechos, salvo talvez pelo arcade, cujo intuito é manter a tradição do nostálgico.

Fora isso, hardwares como os óculos de realidade virtual e sensores de captura de movimento vão sendo aperfeiçoados tal qual os títulos que dependem deles.

E além.

Mas isso eu só explico pra você no decorrer deste artigo. Vem comigo que é GG!

Inteligência Artificial na Criação de Jogos

Até o fim de 2024, o número de jogadores no mundo todo deverá atingir os 3.32 bilhões. Enquanto isso, a avaliação da indústria de jogos está prevista para atingir os US$ 268 bilhões em 2025 (via ExplodingTopics).

No Brasil, graças à Pesquisa Game Brasil, sabemos que 70,1% dos brasileiros afirmam jogar algum tipo de jogo, e que com a chegada da PGB 24, novas informações vão chegar para seguirmos desbravando esse mundo em expansão.

Não é de se surpreender que tecnologias emergentes estejam ganhando espaço em um mercado tão poderoso.

Quer ver a conexão entre os gamers brasileiros e a inteligência artificial na prática? Adquira a PGB24 na pré-venda e garanta o seu acesso ao novo painel exclusivo!

Assunto do momento, a inteligência artificial é uma das “hot techs” que tem marcado presença nos jogos digitais, seja na concepção do título em si ou na experiência de jogo pelo consumidor final.

E isso não é jogada nova.

Criação de Jogos com auxílio de IA

Vários jogos já utilizam IAs para potencializar e adaptar interações com ambientes in-game. De mecânicas a NPCs, desenvolvedores apoiam-se nesta tecnologia emergente para criar modos interativos e experiências cada vez mais personalizadas.

Evoluções em processamento e aprendizado de máquina de consoles também são fatores que abrem caminho para comportamentos de IA mais complexos, incluindo uma maior maleabilidade de sistemas e possibilidades dessa tal personalização.

Voltando um pouco mais no tempo, as IAs já davam as caras no universo gamer como oponentes táticos em jogos de estratégia e quebra-cabeças. Se antigamente nos sentíamos imbatíveis quando vencíamos o computador em um jogo de xadrez, hoje ele acompanha nossa evolução fazendo análises de dificuldade por conta própria.

Em outras palavras, o aprendizado de máquina moderno possibilita que os jogos ofereçam “inimigos robóticos” cada vez mais independentes e imprevisíveis em gêneros como FPS, RPG, e muito mais.

Para os estágios iniciais da criação de jogos, isso proporciona uma visualização mais ampla de quão longe a evolução in-game pode chegar. Qual é o limite de dificuldade? O quão longe um NPC movido por inteligência artificial pode chegar? Como deixar a experiência de jogo o mais personalizável possível?

Pelo andar da carruagem, pode ser que no futuro não dê para dizer que “foi muito fácil derrubar aquele chefão”.

Evolução de NPCs e jogabilidade com Inteligência Artificial

Ok, hora de compreender esses buffs.

A IA utilizada dentro do jogo dá vida aos personagens com movimentos autônomos, incluindo resolução de problemas e respostas emocionais. Um exemplo disso na prática são os NPCs de Cyberpunk 2077 que, combinando com a temática do próprio jogo, apresentam personalidades verossímeis ao conversar e agir com base em suas próprias personalizações.

No fim das contas, a palavra chave da evolução dessa tecnologia em games é personalização. A adaptabilidade e a independência cada vez mais trabalhada na inteligência artificial a transforma em uma ferramenta multidisciplinar.

E num adversário e tanto.

Realidade Virtual e Aumentada: Transformando Experiências de Jogo

Quem não se lembra do hype da realidade aumentada de Pokémon Go? E quem não sonha em interagir com a realidade virtual para “entrar” no universo de seus jogos favoritos?

Bom, eu pelo menos sonho, já que ainda não tenho o equipamento necessário.

A diferença entre realidade aumentada e virtual é justamente essa: em uma delas (a primeira) você vê elementos do game dentro da sala da sua casa, e na outra (a segunda) você “sai” da sua sala para “entrar” no ambiente in-game.

Se quiser mergulhar um pouco mais nesse assunto e compreender as diferenças, temos um artigo próprio para isso.

No geral, jogos de realidade virtual são projetados para serem experienciados através de hardwares especiais, como óculos, fones de ouvido e controles gestuais. É através desses aparatos que os jogadores imergem em mundos simulados por gráficos 3D.

Esses gráficos, é claro, se adequam aos movimentos em tempo real. É assim que os movimentos e ações do jogador são traduzidos para o âmbito virtual. Todo esse “maquinário” é composto por sensores, uma tecnologia emergente que acompanha o mercado gamer desde o lançamento de consoles como o Nintendo Wii.

Chamamos o feedback desses controladores de “tátil”, já que também ajudam a simular interações realistas. Ou seja, além de conseguir ver o ambiente do jogo como se estivesse nele, você também vai conseguir interagir com ele.

Os gêneros que mais utilizam a tecnologia VR são: FPS, aventura, simuladores de voo e quebra-cabeças.

Jogos populares também têm aproveitado o hype a imersão oferecida pelo VR, como é o caso de Skyrim e Resident Evil, transportando jogadores que já são fãs das franquias para novos ambientes ainda mais interativos.

Por fim, seja ela virtual ou aumentada, a tecnologia mostra que diferentes realidades podem, sim, se cruzar e ainda ser um sucesso.

Ainda que o tradicional costume ter a preferência.

Evolução de gráficos de alta qualidade e ray tracing

Ah, os gráficos! Vítimas de reclamações tanto quanto tópicos de elogios, os gráficos não costumam ter meio termo. Ou eles agradam a maioria, ou desagradam e viram meme.

A importância da tecnologia nesse ponto estético é imensurável. São os gráficos de última geração que proporcionam uma experiência melhor e mais realista com o ambiente virtual. É daí que vem a força do ray tracing, sistema que gera imagens de computação gráfica com uma tecnologia que visa o realismo.

Os desenvolvedores que utilizam esse sistema usam algoritmos de rastreamento de “raios de luz”, ou seja, a movimentação da luz e o caminho que ela percorre no nosso mundo real.

Dessa forma, gráficos em alta qualidade são obtidos em tempo real, calculando alguns fatores como reflexos, refrações, sombras e iluminação geral, melhorando a visualização e o realismo das imagens.

Isso, é claro, não significa que jogos pixelados e imagens desenhadas tenham perdido seu charme. Muito pelo contrário. A evolução de gráficos ao qual nos referimos no universo gamer tem mais a ver com títulos que têm a intenção de entregar um 3D mais imersivo possível.

Para isso, o ray tracing pode fazer uma grande diferença, e vale a pena acompanhar sua expansão.

Cloud Gaming e o futuro do consumo de games

Cloud Gaming, do inglês “jogos em nuvem”, nada mais é do que o acesso a jogos através de data centers remotos. Nem precisamos prever o futuro para saber que eles estarão em alta, até porque já estão.

Gigantes como Xbox, PlayStation e Nintendo oferecem seus próprios serviços de streaming com catálogos repletos de títulos, sejam eles fixos ou não.

O acesso à nuvem permite que os usuários joguem games com qualidade sem a necessidade de hardware de última geração, até porque a transmissão e renderização desses jogos é feita através desses data centers.

Por um lado, é preciso ter uma internet de qualidade para conseguir uma experiência verdadeiramente boa. Por outro, à medida que as redes 5G avançam, a latência melhora, oferecendo uma resposta mais suave, independentemente do dispositivo.

Esse é um verdadeiro exemplo de como a tecnologia está conectada, seja ela pertinente à indústria que for. Se a internet avança, a forma com que jogamos avança, assim como a criação de novos jogos ainda mais “parrudos” nesse quesito.

Quer ler mais sobre o cloud gaming? Leia o artigo especial que fizemos sobre o assunto!

Utilização de blockchain e criptomoedas em jogos

Sim, a moeda virtual chegou no universo gamer.

Além de já existirem jogos que premiam seus usuários com criptomoedas especiais (popularmente chamadas de gamecoins), há também a possibilidade de adquirir ativos in-game, que por sua vez podem ser vendidos em mercados de blockchain.

Blockchain: livro de registros de acesso público e descentralizado, distribuído digitalmente para registrar transações, rastrear ativos e aumentar a confiança em serviços financeiros digitais.

É exatamente por conta dessa transparência que ele também pode ser usado para proteger contas de usuários em jogos. Com a descentralização desses mercados, há a possibilidade de proteger a economia do jogo contra esquemas de phishing, por exemplo.

O Futuro dos Games: Previsões com Base em Tecnologias Emergentes

Se esse artigo tivesse sido feito no contexto dos anos 80, talvez ele não tivesse visualizado tanta evolução como a que temos hoje.

Hoje, com a rapidez da evolução tecnológica, pode-se dizer que o futuro dos jogos será mais emocionante do que nunca. As possibilidades têm se mostrado tão infinitas quanto a perseverança da indústria de tecnologia, que vira e mexe movimenta o mercado global com suas novidades emergentes.

É aquilo que citei anteriormente: quando a tecnologia avança, os jogos e a maneira com que os experienciamos avança também. E se tem um mercado que tem muito a ganhar com o desenvolvimento da máquina, seja ela hardware ou software, esse mercado é o gamer.

Jogadores atuais prezam MUITO pela experiência de jogo. Não basta ter um lore incrível (apesar de isso ser um diferencial e tanto) – é preciso entregá-lo com mecânicas imersíveis à altura.

Da imersão aprimorada à integração fluida entre dispositivos, o futuro dos jogos não só vai surpreender o próprio mercado como a indústria por inteiro.

Isso sem falar no metaverso, aquele universo único, imersivo e compartilhado entre usuários da internet. Em tese, jogos de realidade virtual já podem fazer parte do metaverso, desde que invistam em uma transição de experiências que conectem usuários nesse processo.

Por mais surpreendente que a tecnologia seja, o futuro dos games não é incerto. Atualmente trabalhamos nas seguintes previsões:

  • Avanços em feedback tátil e reconhecimento de gestos
  • Controladores cada vez mais imersivos
  • Jogos multiplataforma e integração perfeita entre dispositivos
  • Avanços em VR e AR

Em última análise, à medida que inovações são feitas para remodelar o cenário dos jogos, é possível criar expectativas para uma indústria cada vez mais diversificada e inclusiva, com inúmeras oportunidades tanto para jogadores como para desenvolvedores.

Até porque o verdadeiro avanço vai de dentro e fora do jogo.

E você, otimista com tanta tecnologia emergente? Espero que sim! Nos vemos no próximo artigo 😉

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